segunda-feira, 25 de abril de 2011

Quando os dinossauros reinavam na Terra


© Discovery Channel




Vou começar criticando o título original do documentário e quando digo criticando quero dizer que não gostei do mesmo. O título original é "When Dinosaurs Roamed America" que traduzido ao pé da letra significa "Quando dinossauros vagavam na América". A crítica negativa neste caso vai para o uso do termo America (em inglês não tem acento na palavra) porque se refere ao país Estados Unidos da América e não ao continente como um todo. No filme só aparecem animais encontrados no país já citado e por isso acho que não deviam usar, ainda mais em filmes, a palavra America como sinônimo de um país, porque nós (todos os habitantes do continente americano) vivemos em um continente cujo nome é América. O mesmo serve para a palavra americano que deve designar qualquer pessoa natural do nosso continente. Seria o mesmo que adotar o nome Europa como sinônimo exclusivo de França ou asiático como sinônimo exclusivo de chinês! Fica então o elogio aos tradutores do título para a versão brasileira, que modificaram o "vagavam na América" para o título que você vê nesta postagem, indicando o uso inadequado do nome America no título original e colocando um mais adequado ao nosso idioma, acabando com o duplo sentido.


Voltando ao filme, posso dizer que este documentário é bem interessante, pois foi produzido pelo Discovery Channel unindo filmagem de ambientes reais com animais em computação gráfica (CG). Dura 90 minutos ao todo. Obviamente, embora fosse esse o objetivo suponho, não chega nem perto de superar o quase mítico e épico Caminhando com os Dinossauros (CCD) da BBC, porque não usa modelos robóticos, somente CG, com um nível aceitável de detalhe nos modelos virtuais e sua interação com o ambiente. Infelizmente alguns pontos são negativos, como a pele de alguns animais que na maior parte do tempo parece não ter textura alguma.
Um fator positivo neste documentário é que a exemplo da série da BBC já citada, mostra os três períodos da Era Mesozóica e animais que viveram nestes, só que com o diferencial de que no documentário do DC só ganham atenção os dinossauros, enquanto que no CCD animais diversos, como PterossaurosMamíferos e Répteis marinhos e outros grupos animais, invertebrados e vertebrados, são mostrados com grande ênfase. Além disto, o que torna o filme um pouco patriótico demais é o fato de que animais encontrados em outros países foram excluídos, como se o que interessasse fosse apenas o encontrado nos Estados Unidos.
Outro traço que considero um tanto negativo é que nem todos os dinossauros são tratados como animais reais ou aparecem agindo como não se supõe que fariam. Por exemplo, um filhote de Triceratops aparece deitado no campo e rolando como uma brincadeira, exatamente como os cães de hoje fazem! Chega a ser exagero não acha? E quando o Dilofossauro mata um Anchissauro em questão de segundos, quase com habilidades de ninja de filme japonês! Vemos hoje que um Leão, cuja mandíbula é forte e robusta, mesmo em bando demora para matar uma presa, então imagine quanto não demoraria para o terópode que tinha mandíbulas finas e mais frágeis!
© Discovery Channel
Os sons são relativamente bons, embora alguns ruídos produzidos por dinossauros, como o de alguns predadores, não pareça realista. O Alossauro tem um rugido bem estranho, fino ou fraco, se levarmos em conta que deveria ser o predador máximo do local. Como sabemos, não há modos de saber como eram os sons dos dinossauros, por isso este aspecto ainda pode ser levado em consideração e falhas ou sons inadequados, no meu ponto de vista, podem ser tolerados.
Este documentário é um filme único, não é uma série de episódios como WWD ou Dino Planet. O filme começa e segue sem interrupções em um bloco só com duração de 90 minutos. A seguir um resumo detalhado, que de escrevi com tantos detalhes que acredito, deixou de ser um resumo e virou quase uma narrativa. Tá, eu sei que entupi a postagem de fotos e ela ficou enorme, mas, acho que meu perfeccionismo falou mais forte dessa vez. Então vamos ao filme!


Local: Pangéia/New York.
Período: Triássico Superior -220 milhões de anos atrás.
Animais mostrados:
  • Coelophysis
  • Rutiodon
  • Icarosaurus
  • Traversodon
  • Desmatosuchus
  • Gafanhoto
  • Mamífero não-identificado (representado por um animal atual - Gato-Tigre)
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Como seria de se esperar, este filme começa pelo período Triássico, mostrando alguns animais "não-dinos" até com atenção relativa, mas sempre focando no surgimento e evolução dos dinossauros, a partir de animais como o Coelophysis, que é retratado como um pequeno animal ágil e esperto.
JURASSIC PARK LEGACY
O local onde os animais estão inseridos é a parte do super continente Pangéia que no futuro viria a ser New York. A narração descreve a extinção em massa do Permiano, período imediatamente anterior ao Triássico enquanto mostram uma animação de como pode ter ocorrido o fato. Depois descrevem o clima, geografia e outros aspectos do planeta há 220 milhões de anos atrás, ou seja, início do Triássico.
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Começamos vendo o Coelophysis andando pela mata e atacando um pequeno mamífero que mesmo entrando na toca não se salva. Em seguida ele chega a um grande lago, onde ao tentar beber água é atacado pelo crocodilomorfo Rutiodon, escapando por pouco do réptil, que retorna ao lago.
O Coelophysis logo após o ataque observa o atacante
© Discovery ChannelO Predador retorna ao lago© Discovery Channel

Seguindo mata adentro, o Coelophysis atravessa o rio no trecho da cachoeira e de cima desta observa os Rutiodons e um Desmatosuchus se movimentando na pequena lagoa formada na base da cascata.
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Após o rio, o terópode encontra um réptil primitivo chamado Icarossauro, que tem uma espécie de asa que usa para planar, e o ataca de forma frustrada porque o pequenino réptil salta e plana para longe.
Coelophysis prepara o ataque sobre o Icarossauro
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Na região do riacho que passa floresta adentro, um Desmatosuchus caminha pela margem e é observado por vários Rutiodons que ali vivem, sendo que um deles inicia uma tentiva de ataque, mas não é páreo para o herbívoro de couro reforçado.
Rutiodon enfrentando o Desmatosuchus
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Logo depois que o Desmatosuchus afugenta o Rutiodon, o Coelophysis surge de dentro da mata e encontra direto com o grande vegetariano, que já enfurecido tenta acertar o dinossauro com um golpe de cauda, mas como este é ágil, consegue escapar ileso. Ao entrar na floresta ele encontra uma toca de outro mamífero e tenta capturar seu morador, umTraversodon, que enfurecido espanta o dinossauro com gritos e rosnados. Mas um gafanho aparece num tronco e o dinossauro vê nele uma presa em potencial e começa a perseguir o inseto, que sai voando. Sendo ágil, o dinossauro pega facilmente o artrópode com um salto.
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Nesta cena, quando o dinossauro cai no solo em pé já com o inseto entre os dentes, inicia-se pela primeira vez o uso de um efeito que aqui vou chamar de "câmera raio-X". A câmera aproxima-se muito do animal a ser detalhado e foca detalhes anatômicos importantes, que no caso desta primeira vez, no Coelophysis, é a pele, ossos do quadril, das pernas e pé, da coluna, do pescoço e dos braços e musculatura. Ao estar bem focada no animal, a imagem fica azulada com fundo negro e aparecem características internas do animal, como órgãos ou esqueleto.
A pele escamosa do Coelophysis
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A musculatura parcial
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O trecho do Triássico termina com a câmera "passeando" pela mata e mostrando os animais novamente, enquanto o narrador explica fatos como a evolução dos dinossauros entre outros.
Local: Pennsylvania.
Período: Jurássico Inferior -200 milhões de anos atrás.
Animais mostrados: 

  • Dilophosaurus
  • Anchisaurus
  • Megapnosaurus (outrora conhecido como Syntarsus)
Imediatamente a seguir assistimos o final do Triássico Superior e surgimento de um novo mundo, com novo clima e geografia no início do Jurássico. Novos dinossauros apareceram e agora dominam o planeta. Um Dilofossauro aparece caminhando entre rochas e vertentes cuja água quente exala gases. Começa então uma explicação feita por Paul E. Olsen, sobre a camada de rocha que permite ver a fronteira entre o Triássico e Jurássico, rica em irídio, que provaria a suposta queda de meteoros no período e naquele local.
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No local que se tornaria o estado da Pennsylvania começamos a ver um novo cenário, uma floresta densa onde um grupo de pequenos Terópodes chamados pelo narrador de Syntarsus, atualmente renomeado para Megapnosaurus, buscam uma presa na mata, mas não uma presa pequena, como insetos ou Mamíferos.
© Discovery ChannelOs Syntarsus (Megapnosaurus) caçam
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Eles caçam dinossauros e a presa escolhida é um prossaurópode chamado Anchisaurus, que come tranquilamente em uma clareira. Eles cercam o animal e preparam o ataque, mas quando um dos "Syntarsus" salta em direção à presa é repelido com uma patada forte. Então o herbívoro sai em disparada, correndo entre as árvores com o grupo de carnívoros na sua cola.
O Anchissauro é a presa do dia
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Durante a fuga, novamente faz-se uso do efeito "camera raio-X" que nos dá detalhes da morfologia do Anchisaurus, incluindo crânio, pescoço, braços e mãos, assim como do Megapnossauro, mostrando seu crânio e outras características anatômicas.
Cabeça do Anchisaurus
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© Discovery ChannelBraço do Anchisaurus
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Cabeça do Megapnossauro
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Ao chegar à outra clareira o Anchissauro se vê encurralado, mas quando os pequenos predadores estão prestes a desferir um ataque, assustam-se com algo e fogem. Só poderia ser um predador maior o responsável pela intimidação e realmente este terópode grandalhão dá as caras. É o Dilofossauro, com sua cabeça estranha, dotada de focinho estreito e uma crista dupla em forma de V sobre o crânio. Ele rapidamente ataca o prossaurópode, matando-o para que seu filhote que logo surge, possa comer logo.
O predador encara a presa
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Predador com a presa abatida
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Adulto e filhote comem o corpo do Anchissauro quando surge um outro Dilofossauro também totalmente desenvolvido, o que gera uma luta violenta entre eles para decidir quem será o dono do alimento. O adulto que matou o animal vence, espantando o rival.
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Após comer sossegados, deixam o cadáver ali para posterior alimentação e vão embora, o que dá a chance de comer aos Megapnossauros que estão à espreita. Nova explicação por parte de um paleontólogo aparece, desta vez sobre pegadas de terópodes e o que indicam. Logo depois, mostram que os Megapnossauros se veem livres do competidor mais forte, então avançam sobre a presa e comem à vontade.
Os Megapnossauros comem à vontade
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No entanto o banquete dura pouco, pois outro observador era o Dilofossauro que perdera a luta pelo corpo e agora aproveitando de sua vantagem de tamanho, espanta os "Syntarsus" para comer a carne.
O Dilofossauro solitário come após espantar os Megapnossauros
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O que se segue é uma explicação da evolução dos Prossaurópodes para gigantescos Saurópodes no fim do Jurássico e a evolução de terópodes primitivos como o Dilophosaurus em animais mais sofisticados, como o Allosaurus.


Local: Pennsylvania.
Período: Jurássico Superior -150 milhões de anos atrás.
Animais mostrados: 

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A partir daí o programa dá um salto para o Jurássico Superior, por volta de 150 milhões de anos atrás, desta vez para o estado de Utah. Em uma planície seca os dinossauros passam necessidades. Um grupo de Camarassauros e um Estegossauro seguem um rio seco em busca de água, enquanto são observados por um curioso Driossauro.
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Os Dryosaurus em grupo acompanham os gigantescos animais e observam o Estegossauro cavando o solo em busca de água. Embora o grandalhão não tenha conseguido, os pequenos Ornitópodes o imitam, cavando em grupo em busca de um pouco d'água.

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Mas distraídos com a busca por água, não percebem que em meio a algumas coníferas ali ao lado estava um Ceratosaurus, encondido e esperando o melhor momento para realizar um ataque. De repente o carnívoro dispara em uma corrida atrás dos pequenos vegetarianos, que correm desesperadamente por suas vidas em meio às coníferas. Com seu corpo relativamente flexível e não tão grande, não é difícil para o Ceratossauro manobrar por entre as árvores, até finalmente capturar um dos Driossauros.
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Com uma bocada fatal, ele mata a presa e começa a engolir rapidamente, inteiro, sem nem rasgar o animal em pedaços, pois sendo este pequeno pode ser engolido em uma só vez.
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Os demais correm Driossauros correm e escondem-se entre as pernas de gigantes, os Camarassauros, que ali estavam comendo galhos de coníferas.

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Aproveitando a deixa, eles comem pedaços de plantas derrubados por estes gigantescos herbívoros. Temos então uma pausa nas cenas pré-históricas para mais um trecho com partipação de um paleontólogo, que fala sobre a variedade de dinossauros encontrados naquela região, todos perto de um rio, que provavelmente atraiu os animais até ali pela água, mas quando secou, causou a morte de muitos que acabaram se fossilizando na área.
Fósseis ainda na rocha encontrados na região
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Voltando à planície seca, os Driossauros e os Camarassauros caminham em busca de mais comida e Pterossauros voam sobre as cabeças deles.
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Ao chegar a um grupo de coníferas, os Camarassauros começam a comer e inicia-se mais uma análise morfológica detalhada dos animais. Mostram a cabeça do Camarassauro e em seguida a "câmera raio-x" nos dá detalhes do crânio e ossos do pescoço. Descendo pelo corpo do animal a câmera foca no tórax do bicho, mostrando então pela primeira vez um órgão interno, que neste caso é o estômago do Camarassauro. O narrador explica que comiam pedras, ou gastrólitos, para moer melhor o alimento.
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Depois da explicação, um destes grandalhões até usa o corpo para derrubar as árvores, facilitando a alimentação deles e dos Driossauros.

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Próximo dali um casal de Estegossauros comem tranquilamente, com o macho apoiando as patas dianteiras numa rocha, ficando literalmente em posição bípede, de modo a alcançar os galhos altos de uma conífera pequena.
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No entanto, o Ceratossauro aparece de surpresa e para, cara a cara com o casal "espinhoso". O predador pretende "jantar" e não tem medo do ornitísquio couraçado e resolve atacar direta e rapidamente.
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Porém, o "Lagarto Telhado" é ágil e como manda seu instinto de sobrevivência, vira as costas protegidas para o agressor e começa a brandir a cauda para os lados, a fim de acertar o atacante, que com muita imprudência ataca, tomando umas boas "rabadas" do tireóforo, que o leva ao chão com apenas dois golpes de cauda. Isso desencoraja o predador que vai embora, mas deixa o Estegossauro macho soberbo, que decide acasalar ali naquele local e momento. Mas a fêmea não está pronta e rejeita-o, fazendo com que ele se acalme.
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O clima muda e começa a surgir um monte de nuvens no céu, indicando a chegada da estação da chuva. Durante a madrugada, a chuva cai pesada, enquanto o Ceratossauro tenta dormir e os Camarassauros comem. A chuva faz renascer o rio que havia sumido e trazendo vida à paisagem, junto com um bando de Apatosaurus.
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Vem então mais uma explicação de um paleontologista, desta vez sobre os saurópodes e a sua misteriosa forma de reprodução. Fala da falta de ovos fósseis na América do Norte entre outros aspectos. De volta ao Jurássico, começa uma descrição do Apatossauro, de como andavam em bando, como comiam e se comportavam, tamanho e afins.

© Discovery Channel© Discovery Channel© Discovery Channel

Mais uma vez temos um olhar detalhado na anatomia do animal, com a exposição do esqueleto do Apatossauro em vários ângulos, mostrando a cauda em forma de chicote e outros aspectos.
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O bando de Apatossauros segue por um trecho da planície quando um Allosaurus aparece e ataca um Apatossauro jovem, mas é repelido por um golpe de cauda de um dos herbívoros e sai frustrado.
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Logo ali está o Ceratossauro já recuperado da briga com o Estegossauro. Ele acha outra presa, um Driossauro, mas quando estava prestes a pegá-lo é atacado pelo Alossauro e vira alimento do animal maior.
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Com a melhora do clima e da vegetação o casal de Estegossauros está melhor e o macho, depois de muita insistência consegue uma resposta positiva para acasalar com a e garantir a próxima geração.
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Ao fim da estação os Apatossauros começam a ir embora, mas um deles pisa em falso e cai, quebrando a perna, o que faz com que grite muito de dor, ato que funciona como um aviso a um grupo de Alossauros, de que o almoço está servido. Eles logo aparecem e dão conta de liquidar o gigante ferido. A cena chega a ser angustiante, não pelo fato de um animal devorar outro, mas porque os gritos do herbívoro ao cair, parecem extremamente tristes, como se pedisse ajuda porque sabia que seu fim está próximo. Este é um som que achei adequado ao animal e um dos poucos que passa a sensação de realismo.
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O final deste trecho referente ao Jurássico Superior é um grande pôr do sol com os Apatossauros seguindo rumo ao horizonte, para terras provavelmente mais férteis.
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Local: Albuquerque - New Mexico.
Período: Cretáceo Inferior -90 milhões de anos atrás.
Animais mostrados: 

  • Zuniceratops
  • Dromaeossaurídeo não-identificado
  • Nothronychus
  • Coelurossaurídeo não-identificado.
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Desta vez viajamos até o Novo México, durante o Cretáceo Inferior, há 90 milhões de anos, quando a América do Norte estava completamente repartida por um mar interior que tornou o clima tropical, úmido e quente. Surgiram as primeiras plantas com flores e insetos polinizadores. No meio de uma floresta úmida e quente um bando de pequenosCeratopsianos chamados Zuniceratops estão comendo e refrescando-se em um regato raso.
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Não muito distante um destes dinossauros de chifre jaz morto e serve de comida para três dinossauros terópodes pequenos, os raptores ou Dromeossauros. Como o nome Dromaeossauros é aplicado de forma genérica e não há menção à uma espécie de Dromaeossaurídeo em especial, de modo que estes carnívoros são chamados apenas de Raptores no documentário, assim vou me referir a eles aqui.
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No entanto, surge um quarto raptor solitário, que seguindo o cheiro da carcaça chega até o local onde o trio come tranquilamente. Mas como ele não pertence ao bando, é rejeitado e expulso pelos outros raptores do local, sem direito a comer também.
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Ele sai correndo, perseguido pelos demais raptores irritados, que o fazem sumir na mata. Ele continua correndo, até que para para descansar um segundo. Aí entra em ação a "câmera raio-X", que foca primeiramente o pé do raptor com sua grande garra e depois, ativando a visão interna motra os ossos do pé do bicho.
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A seguir, a câmera recua e mostra o animal em outros pontos, como cauda, tórax, braços e o esqueleto quase inteiro dele em uma posição bem dinâmica.
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Alguns detalhes do crânio são ressaltados por último, mostrando a cabeça do bicho e seu crânio, permitindo a boa oservação dos dentes e outros detalhes, bem como do pescoço.
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Terminada a análise morfológica do raptor, segue-se uma cena interessante. O raptor continua sua corrida pela mata até que em um local mais aberto houve algum ruído vindo de uma árvore. Assustado e ao mesmo tempo curioso, ele observa que ali há um grande animal escondido entre a vegetação.
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Seria este bicho um predador ou seria ele um herbívoro? As garras lembram as de um caçador, mas o animal é muito estranho, algo jamais visto pelo raptor, que fica sem saber como agir na ocasião. Ele pondera se foge ou se ataca o outro dinossauro, que parece ser uma mistura estranha de carnívoro com um pacato herbívoro.
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A cauda curta, a penugem e as garras fazem o raptor ver o bizarro ser como predador, mas o pescoço longo e braços longos, a grande barriga e o temperamento calmo lembram as presas. Logo então o dinossauro estranho percebe a presença do raptor e volta sua atenção a ele, mostrando uma cabeça pequena na ponta de um pescoço comprido, antes escondida em meio à vegetação.
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Encarando o animal grandalhão e desajeitado, que se chama Nothronychus e é um terizinossaurídeo, o perplexo raptor nota a falta de dentes, decide atacar e prepara um salto. Dá uma breve corrida e saltando em direção ao oponente, coloca a "garra terrível" em uso. Mas o herbívoro é esperto e bem preparado e com apenas um golpe, uma patada com as grandes garras, joga o pequenino terópode ao solo, a metros de distância. A única coisa que o raptor ganhou e levou deste combate foi um belo arranhão no rosto, que provavelmente deixará algumas cicatrizes.
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Para explicar que aquele local contém uma grande variedade de dinossauros de espécies e grupos diversos, uma nova entrevista com paleontologistas é aplicada, com dois participantes explicando que a "Bacia Zuni", local onde foram achados os fósseis, era rica vida pré-histórica.
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Agora as atenções se voltam ao bando de Zuniceratops, do qual alguns indívíduos estão em período reprodutivo. Um jovem macho deseja acasalar e começa a exibir-se para uma fêmea, mas o macho dominante resolve reinvindicar seu posto de líder e começa a intimidar o rival mais novo, com gestos e gritos.
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Nas proximidades o grupo de raptores ouve o ruído da luta que começou e exerga nisso uma possibilidade de almoço. Os predadores correm até o local onde o bando se encontra.
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O macho dominante e o jovem estão agora travando um combate de chifres, enroscando os chifres nos do rival, para definir o mais forte. Os raptores que logo chegaram aguardam o momento para atacar, observando a luta de cima de um barranco.
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Quando o jovem Zuniceratops fere o escudo ósseo do rival mais velho ele obtém a vitória, assim como os raptores, que ao ver o fim da luta resolvem atacar o animal ferido e mais velho, supostamente mais fraco.
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Rapidamente o bando desce até a clareira e um dos raptores salta no dorso do ceratopsídeo, que se debate e grita de dor, porque o predador o arranha usando as garras do pé. Embora o jovem macho tenha lutado com o velho e vencido, ainda preza pelo bem do mesmo, pois a batalha não era uma questão de orgulho, mas de instinto. Sendo assim, o jovem macho corre em disparada e com seus chifres atira o raptor ao longe, livrando o companheiro de bando. Os raptores fogem ao ver a reação dos herbívoros, mas o macho mais velho fica ferido gravemente.
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Na mesma mata um Coelurossaurídeo avança em direção a um pequeno e raso riacho, praticamente um fio d'água que corta a floresta, pois observou instantes antes um peixe pulando ali. Quando chega ao local onde está o peixe, outro de sua espécie aparece também querendo capturar o peixe e ambos atacam ao mesmo tempo. Isso gera confusão e um enfrentamento entre os terópodes, mas eles acabam não lutando, apenas disputam o peixe, cada um puxando em uma ponta. O perdedor sai enfurecido e some na mata.
O Coelurossaurídeo observa o peixe
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Opa! Surgiu concorrência!
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O drama do velho macho Zuniceratops continua, pois ele está cada vez mais fraco e já não acompanha os demais membros do bando no mesmo rítimo. Cansado, ele deixa-se abater e cai por terra, sentindo as dores dos ferimentos causados pelos raptores, que desde aquele momento do ataque seguem o bando, esperando que o macho esteja fraco o suficiente para ser abatido.
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O clima está ruim e um relâmpago clareia a floresta, o que assusta os dinos de chifre que correm de forma desesperada para todo lado deixando o macho ferido para trás. Ele não consegue levantar-se, embora tente, então os raptores aproveitam e começam a aproximar-se para o banquete.
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Quango os raptores atacam, a cena da morte não aparece, pois corta-se a imagem para outro ponto da floresta, onde um raio atinge o solo, começando um incêncio, que logo se espalha por toda a mata, pois material seco e inflamável é o que mais há na floresta.
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A floresta está transformada em um verdadeiro inferno, mas os raptores estão comendo a presa recém abatida neste momento, sem dar atenção ao perigo.
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Já os herbívoros como os Zuniceratops e um Nothronychus correm aterrorizados, fugindo das chamas e fumaça asfixiante que toma conta da selva.
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A gula nesse momento faz dos raptores um bando de vítimas do incêncio, porque distraídos com a comida, não dão atenção ao que ocorre ao seu redor e aos poucos as chamas vão chegando, até consumir os pequeninos caçadores. Outros animais, embora tenham tentado fugir, como um Nothronychus, acabaram pegos pelas labaredas mortais.
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Após vermos o fim daqueles raptores inicia-se outra explicação, desta vez com a participação de uma paleontóloga que explica o porque da teoria do incêndio. Segundo ela, as rochas daquele local estão repletos de cinzas, carvão e outros traços que indicam a ocorrência deste fenômeno.
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Depois do fim do incêncio, a vida volta ao normal, outros Zuniceratops sobreviventes repovoam a floresta, um Nothronychus que escapou está aproveitando o dia para comer bastante e a rotina destes animais continua, até o fim do Cretáceo Inferior.
© Discovery ChannelApós a catástrofe, "a vida encontra um meio"
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Local: New Mexico.
Período: Cretáceo Superior - 65 milhões de anos atrás.
Animais mostrados: 

  • Tyrannosaurus rex
  • Triceratops
  • Anatotitan
  • Quetzalcoatlus
  • Ornithomimus (não identificado no filme, só no website)
  • Purgatorius (representado por um animal atual - Gambá)
  • Tartaruga (representada por um animal atual)
  • Aranha (representada por um animal atual)
  • Ave de rapina (representada por um animal atual)


O clima está mais quente e úmido durante o Cretáceo Superior, pântanos ocupam a América do Norte e novos dinossauros, maiores e mais ferozes do que nunca, habitam essa terra sem leis.
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No que hoje é Dakota do Sul a vida foi generosa durante o Cretáceo, há 65 milhões de anos o solo é fértil, provê grande variedade de plantas para a alimentação dos herbívoros e a presença destes garante a sobrevivência de predadores.
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Em uma grande planície rodeada por um bosque, vários animais convivem pacificamente, entre estes os grandalhões e simpáticos chifrudos chamados Triceratops, os maiores de seu grupo, e os pequenos e ágeis Ornithomimus, que no documentário só aparecem entre os herbívoros maiores, sem que seu nome seja mencionado (depois foi publicado no site oficial). No céus, pterossauros gigantes dominam.
Os Triceratops e Ornithomimus comem: um Quetzalcoatlus corta o céu
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Na mesma área estão em bando os Hadrossauros chamados Anatotitan, enormes animais comedores de plantas que viviam em grandes manadas pela região da América do Norte. De repente algo estranho acontece, um cheiro perigoso no ar atrai a atenção de todos estes herbívoros da planície em direção a um ponto da mata. O perigo espreita!
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Em meio a mata um enorme animal caminha, seus pés demonstram sua ferocidade, enormes garras nos dedos dos pés impõe respeito. Logo reconhecemos o "flagelo da América do Norte", como o narrador chama. Ele é o famoso Tiranossauro rex.
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O jovem Tiranossauro para em meio às árvores e fica observando os comedores de plantas no campo aberto, com a intenção de fazer um lanche. Entra em cena então outra explicação com a participação do paleontólogo Philip J. Currie, que nos conta como vários grupos de dinossauros acabaram chegando ao tamanho máximo com uma espécie no fim do Cretáceo. Segundo ele, o mar interior da América do Norte havia recuado e o clima mudou, com dias mais quentes e noites mais frias, um clima mais continental que favoreceu o crescimento dos animais.
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Retornando ao Cretáceo, observamos um enorme pterossauro chamado Quetzalcoatlus, sobrevoar a planície. Para mostrar como funciona o corpo do animal, a "câmera raio-X" entra em ação novamente e dá detalhes da ossatura da asa e da membrana que a forma.
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Em seguida o pterossauro pousa para comer uma carcaça de Triceratops que jaz no campo. Ali ao lado o bando de ceratopsídeos come tranquilamente, os filhotes brincam e treinam suas habilidades.
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Mas o predador supremo do local está observando, preparando o bote, porém os animais sentem sua presença e começam a organizar-se para defesa, colocando todos os adultos em formação de barreira, com os jovens e filhotes protegidos atrás.
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O Tiranossauro, que ainda é um adolescente, sai correndo da mata e ataca o bando, rugindo e ameaçando morder. Porém a parede de chifres e escudos dos Triceratops serve de defesa perfeitamente, intimidando o predador que acaba apenas fazendo barulho, mas não ferindo ninguém afinal.
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Frustrado o terópode havista o desavisado Quetzalcoatlus comendo a carcaça do Triceratops e inicia uma perseguição ao réptil alado, que imediatamente detecta o perigo e decola. Mesmo com sua velocidade máxima o animal não consegue capturar a presa, voltando para a floresta sem comida. Os ceratopsídeos observam tudo contentes por ter conseguido repelir o atacante.
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A noite cai e embora a visão do Tiranossauro seja boa, fica difícil caçar e por isso os predadores se refugiam na floresta até o raiar do sol. Isso mesmo, predadores! Não há apenas um T.rex ali, mas sim uma família. Lembram que o que atacou os Triceratops era um adolescente? Pois é, durante a noite ele encontra sua mãe e irmãos na mata.
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A velha fêmea Tiranossauro é uma "veterana de guerra" como diz o narrador, já acostumada e experiente, mas também marcada por antigas batalhas. Ela tem um pequeno defeito numa das patas que machucou e sempre sente dores no mesmo membro. Os dois jovens filhos começam a brincar e um deles sem querer bate com a cauda na perna da mãe, que fica furiosa e grita com sua cria para fazê-los entender que devem parar de bagunça.
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A câmera então foca na cabeça da mamãe "tirano" e aplica-se o efeito de "raio-X" para analisar a anatomia desta. Temos um detalhamento do crânio, costelas, braços, pernas e musculatura desta, cauda, pés, praticamente o animal todo!
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Desta vez a explicação que se segue é sobre o comportamento do Tiranossauro, que hoje já se acredita que eles viviam em grupos e caçavam coordenadamente.
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Agora observamos o bando de Anatotitans no bosque, comendo e brincando, mostrando o comportamento social de cuidado parental, onde pais e filhos convivem no mesmo bando. Adultos servem de sentinela, observando o ambiente a todo momento para prevenir ataques de predadores.
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A preocupação não é à toa, pois como vemos, o bando está sendo observado pelo jovem Tiranossauro rex faminto, cuja intenção não é das melhores.
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A "câmera raio-X" desta vez é encarregada de mostar o Anatotitan de um modo mais profundo. Primeiro temos detalhes de como é o crânio deste enorme herbívoro, depois dão ênfase ao bico córneo e às baterias de dentes que permitem um tipo de mastigação relativamente avançada.
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O predador ainda observa as presas de forma a definir o melhor momento para o ataque que seria logo posto em ação. Mas um dos adultos do bando percebe a presença do caçador e dá o alarme de fuga. Neste momento o Tiranossauro sai em disparada atrás das presas, que correm desesperadamente para diversas direções.
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O carnívoro segue um grupo de 4 indivíduos e os leva até a boca do outro T.rex jovem que entra na perseguição também. A dupla escolhe e isola um dos hadrossauros e o seguem, levando-o para uma armadilha, um caminho que dará direto na boca da mamãe dinossauro. O plano funciona e a T.rex fêmea captura o herbívoro com uma única bocada, matando-o a mordidas.
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Ao mesmo tempo em que os Tiranossauros matam a fome, um enorme meteoro aproxima-se da atmosfera terrestre. Sem saber o que está por vir, os animais continuam suas vidas normalmente, até que o objeto entra na atmosfera e começa a riscar os céus com um brilho amarelado.
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A rocha gigante vinda do céu bate com toda força no planeta, provocando um efeito devastador jamais visto, que começou no Golfo do México e se espalhou mundo afora, engolindo tudo o que há pela frente com uma onda de fogo e fragmentos de rocha. Muito tempo se passa com a terra coberta de trevas, causadas por nuvens de poeira e cinzas elevadas pelo impacto. Depois que a Terra começa a recuperar-se e a luz do sol penetra na atmosfera, revela um planeta devastado com poucos sobreviventes, sendo estes répteis como crocodilos, tartarugas e outros pequenos animais, como aves e mamíferos.
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Sobre as cinzas e restos da destruição resta um crânio de Tiranossauro. Sobre este surgem pequenos mamíferos parecidos com gambás, e o narrador explica que eles são o começo de uma nova linhagem de animais, que um dia dominarão o mundo e pensarão sobre um tempo em que "Dinossauros reinavam na Terra".
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Este documentário tem alguns pontos a serem comentados, alguns erros a serem notados e curiosidades em geral que eu gostria de expor aqui.
Os animais são até bem elaborados em aparência, embora alguns erros apareçam aqui e ali. O problema mesmo é na dublagem dos nomes deles. Muitas vezes o dublador, tanto em inglês quanto em português, erram na pronúncia de nomes. Um dos casos é o do Desmatosuchus, que é diversas vezes chamado de Demastosuchus no documentário. O hadrossaurídeo Anatotitan também é vítima este erro, sendo chamado algumas vezes de Anatatotitan.
O pequeno terópode Coelophysis é retratado com um erro anatômico durante o efeito de raio-X. Os terópodes tem 4 dedos no pé, um deles é o chamado halux, o primeiro dedo que é minúsculo, atrofiado e nem toca o solo. Os dedos usados para andar são o 2º, 3º e 4º dedos. No documentário é mostrado o pé do Coelophysis com o raio-x, exibindo cada um dos 3 dedos principais com duas falanges (ossinhos do dedo). Na verdade, os dedos principais dos terópodes tem número diferente de falanges. O 2º dedo tem duas, o 3º dedo tem três e o 4º dedo tem quatro falanges.
Detalhes dos ossos do pé: o número de falanges está errado
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Outro erro na cientificidade do filme é o peso do saurópode Apatossauro, que o narrador afirma ser de 40 toneladas. Pesquisas recentes indicam uma massa corporal bem menor para este animal. Outra curiosidade é que o prossaurópode Anchisaurus foi retratado maior do que realmente era, pois a estimativa de tamanho é de 2,5 metros aproximadamente. Na cena do filme ele é maior que o Megapnossauro, que tem 3 metros. Esse aumento se deve ao fato de que alguns consideram que o Ammosaurus, um outro prossaurópode de 4 metros, é sinônimo do Anchissauro. Aproveitaram essa hipótese para fazer o animal maior no filme, o que torna a cena mais interessante.
Neste documentário também retratam animais em lugares nos quais nunca se encontrou um fóssil da espécie em questão. É o caso do Dilofossauro. Ele só foi encontrado no Arizona e não na Pennsylvania como mostrado na tela.
Já os pequenos coelurossauros são espécies indeterminadas. Fósseis destes coelurossauros basais foram achados na Formação Moreno Hill, mas não havia sido descritos e por isso não possuem nome específico.
Estes detalhes mencionados acima foram baseados em textos do site Wikipedia, sobre este documentário.
Mas eu mesmo notei algo que antes não havia percebido e nenhum outro site na web publicou. Reparei que há alguns erros nos modelos digitais dos animais quando apresentam feridas. No momento o que lembro é do Zuniceratops. Quando o macho e o jovem estão travando a batalha com os chifres, se olhar bem no escudo do macho mais velho verá a mancha/corte que representa o ferimento do chifre do rival, mesmo antes deste o ter ferido. Logo em seguida dá-se um "close" no macho velho e então, em frente à câmera, o chifre do macho mais novo fere o escudo ósseo do líder do bando. A falha neste caso é que o ferimento apareceu mesmo antes de ter sido feito!
Este documentário é bom cientificamente em certos pontos, mas infelizmente muito também é baseado em especulações e dados incertos. Velocidades altas demais foram estimadas para o Tiranossauro e animais aparecem agindo estranhamente, como o Triceratops que parece um cachorro.
Criando uma escala de 1 a 10, sendo o ápice Caminhando com os Dinossauros, pois preciso de um referencial para comparar algo. Se WWD está no topo com nota 10, a este filme daria 7,5 como nota final.
Por último quero contar um pouco sobre minha experiência com DVDs deste filme. O meu exemplar original foi comprado por cerca de R$20,00 reais em um site chamado Vitrola, onde ainda há disponível o DVD. Este disco saiu de linha e está cada vez mais raro e por isso sugiro que comprem enquanto há tempo. No Brasil percebi que foram lançadas duas versões diferentes deste filme em DVD. Uma delas, foi distribuída pela True Tech Digital Video e foi a esta versão que tive acesso primeiro, em forma de um disco pirata. Ano passado meu irmão trouxe para casa vários discos de filmes pirata sem encarte ou estojo e entre estes havia uma cópia de um DVD de Quando os dinossauros reinavam na Terra. Inicialmente não me interessei no disco, uma vez que já tinha uma versão pirata e estava interessado em comprar uma cópia original. Mas mudei de ideia ao ver, enquanto meu irmão testava o disco, que o menu era diferente. Notei também que tal disco era distribuído pela Play Arte e não pela True Tech como o anterior.
Outras diferenças aparecem nos extras, que são melhores, com mais conteúdo do que o do outro disco. Acabei ficando com este disco e agora finalmente consegui adquirir um exemplar original da versão da True Tech. É uma pena que não encontro a versão da Play Arte, mais rica em conteúdo de extras. Também quero deixar claro que não estou incentivando a pirataria aqu no blog. Inclusive recomendo que adquira se possível a versão original do DVD, cuja qualidade sempre é melhor. Abaixo estão as capas das duas versões e fotos dos menus para comparação.
Capa 1 do DVD da True Tech: esta é a versão que possuo© Discovery Channel/True TechCapa 2 do DVD da True Tech© Discovery Channel/True TechMenu do DVD da True Tech: versão original que eu possuo© Discovery Channel/True TechCapa do DVD da Play Arte© Discovery Channel/Play ArteMenu do DVD da Play Arte: a imagem fica mudando para outras cenas© Discovery Channel/Play ArteExtras do DVD da Play Arte© Discovery Channel/Play Arte

Espero que tenha gostado desta postagem que por sinal ficou gigante! Comentários serão extremamente bem vindos!


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